MS Office 365: Será que esta tal de “computação em nuvem” vai pegar?

É sempre muito engraçado observar as caras de desconfiança na platéia quando sou convidado a fazer uma das minhas falas sobre Cloud Computing, em eventos de tecnologia. Em geral as pessoas, mesmo estudantes e profissionais da área, custam a acreditar quando eu afirmo categoricamente que a maneira como nós compramos e vendemos tecnologia no mundo JÁ MUDOU. Não estou fazendo previsões futurísticas ou discutindo tendências, estou falando sobre um cenário atual e concreto.

Termos como SaaS (software como serviço), PaaS (plataforma como serviço) e IaaS (infraestrutura como serviço), são cada vez mais utilizados no mercado de TI e o que antes era “coisa de empresa grande”, agora chega ao mercado de massa. Embora a idéia e a oferta de serviços em nuvem não sejam nenhuma grande novidade (iniciou um pouco antes da própria Web 2.0), iniciativas como o Google APPS e o recentemente lançando MS Office 365 acabaram popularizando ainda mais este modelo de negócios.

Para entender melhor o que representa o Office 365, primeiro precisamos nos lembrar do Office Web Apps. Apresentado no ano passado, diz respeito à versão fundamentada na web dos aplicativos do Office tradicional, que depende de instalação no PC. Tem Word, Excel, PowerPoint e OneNote. Tudo de graça, com todos os recursos básicos desses aplicativos na versão instalável. Só nisso a Microsoft já ensaiava um confronto com o Google Apps. O Office 365 chega como um sucessor do BPOS, uma espécie de integração entre todos os serviços baseados na web da companhia. É por meio dele que as empresas terão acesso ao SharePoint Online, para citar apenas um exemplo.

Segundo o OlharDigital, a solução da Microsoft, lançada no último dia 28/06 em 38 países, dos quais o Brasil não faz parte, vai permitir que os usuários contratem diversas ferramentas – o pacote de produtividade Office, a solução de colaboração SharePoint Online, o serviço de mensagens Exchange Online e aplicação de conferência e comunicação Lync Online, além da incorporação do Skype. Um dia antes deste lançamento, o Google já havia virado sua artilharia para o Office 365. Em um post, a empresa disse que o Google Apps é “simples e financeiramente acessível”. Diz o Google que o Apps custa apenas US$ 5 mensais por usuário. Enquanto isso, o concorrente da Microsoft seria caro e complicado, visto que seu plano mais simples custa US$ 6 mensais por usuário, além de serem 11 planos disponíveis no total.

E tem gente que ainda se questiona: “Será que esta tal de computação em nuvem vai pegar?” 🙂