Sem sombra de dúvida alguma, um dos assuntos do momento é a portabilidade numércia que empresas de telefonia celular estão se vendo “obrigadas” a implementar e disponibilizar a todos os usuários do país. Esta política de boa vizinhança entre as gigantes do setor tende a facilitar a vida do usuário doméstico que poderá escolher e flexibilizar seus planos de acordo com a suas necessidades, assim como escolher a melhor operadora para o seu perfil. Contudo, as novas regras também impactam no ambiente corporativo. Abaixo reproduzo na íntegra um texto, enviado pelo amigo Jeremias Neves, que aborda a temática.
No dia 1º de setembro deste ano entrou em vigor, em alguns municípios do Brasil, a lei da portabilidade numérica, ou seja, assegura aos usuários fazerem a mudança de operadora sem alterar o número de telefone, dentro de seu código de área, tanto na telefonia móvel quanto na fixa. O objetivo maior é acirrar a concorrência entre as operadoras e garantir ao usuário o uso sempre do mesmo número. Diante desse cenário, surge a questão: O que muda para as empresas com a portabilidade numérica?
Uma das principais mudanças é referente às centrais telefônicas. Hoje aindaAntes os sistemas de telefonia corporativos conseguem identificar automaticamente por meio dos números discados as operadoras correspondentes e assim efetuarem apenas ligações intra-redes para reduzir os custos. Por exemplo, você disca para (11) 9600-0000 e o sistema já entende que é um celular da Vivo e a ligação é feita por um número também da mesma operadora. Agora com a portabilidade numérica, não é mais possível saber se é o número pertence a qual operadora e as empresas precisaram se adaptar a nova realidade para não aumentarem seus custos.
Uma das regras estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é que as operadoras são obrigadas a informar gratuitamente se determinado número faz parte ou não da sua rede de clientes, seja pela internet, por SMS ou centrais de atendimento.
Uma amostra do que vem sendo feito no mundo é o que li recentemente no portal da revista PC World. Um leitor residente no Japão relatou que a portabilidade numérica existe no país há dois anos, e desde então, uma das maiores operadoras de celular passava propagandas na televisão explicando que se a ligação fosse para a Softbank, seria emitido um toque específico antes de começar a chamada. Enfim, o Brasil vai precisar criar o seu jeito de oferecer a informação.
Bom, uma sugestão minha para as empresas se adequarem a essa nova realidade é ter um sistema integrado ao das operadoras, em tempo real, para que os números estejam sempre atualizados em relação às operadoras e as centrais poderão efetuar as ligações conforme os dados recebidos, ou seja, mantendo as ligações intra-redes. É claro que no começo poderá haver uma margem de erro.
Uma outra opção, para não aumentar o custo das ligações, é implementar centrais IPBX (central telefônica com VoIP). Esse sistema de telefonia traz benefícios como o preço único nas ligações, flexibilidade de equipamentos e maior funcionalidades e serviços complementares a telefonia, como voz e dados. E o melhor independe para qual operadora está ligando.
A portabilidade numérica já é um fato e todos nós (operadoras, usuários, empresas e governo) precisamos se adaptar e tirar proveito das vantagens oferecidas. Fique atento e entre nessa nova fase da telefonia.
Autor: Raphael Guerreiro da Fonseca, Gerente Geral das empresas LWS e Luxicom