O protocolo SSH dispensa comentários. Além se permitir administrar máquinas Linux/*UNIX remotamente e transferir arquivos de forma segura, ele pode ser usado para rodar programas gráficos remotamente, criar túneis criptografados e até mesmo fazer backups, com a ajuda do rsync.
No MS Windows o aplicativo mais utilizado para acesso SSH à equipamentos Linux/*UNIX é, sem sobra de dúvidas, o Putty. Existem várias razões para este fato, mas dentre todas elas podemos destacar que o Putty é uma ferramenta extremamente leve, funcional, que suporta a gravação de seções (salvar os endereços IPs dos equipamentos que você mais acessa), não precisa ser instalado (basta executar o aplicativo), pode ser usado como cliente de outros protocolos (caso do telnet, rlogin e conexões seriais, por exemplo) e ainda é gratuito.
Sysadmins que costumam gerenciar várias máquinas Linux/*UNIX via SSH, usando o Putty, costumeiramente possuem uma lista grande de seções cadastradas, justamente para evitar o trabalho de ter que lembrar e inserir o IP de cada equipamento a cada acesso. O problema é quando a reinstalação do sistema operacional é inevitável – neste caso, ou você faz o backup manual ou perde todas as seções cadastradas (ambas as situações são terríveis).
O que pouca gente sabe, é que é possível se fazer backup de todas as seções cadastradas no Putty de uma forma bastante simples, exportando apenas uma chave do registro do Windows. Para tanto, basta executar o seguinte comando (você pode gerar um arquivo .bat ou executar pelo Iniciar->Executar):
regedit /e D:\putty_backup.reg HKEY_CURRENT_USER\Software\SimonTatham
O resultado deste comando é a geração de um arquivo chamado D:\putty_backup.reg. Percebam que o grande segredo neste caso, é exportar a chave SimonTatham. Agora você já pode formatar sua partição raiz (C:\), reinstalar o Windows, se certificar que você tem o Putty e dar um duplo clique no arquivo de backup. Pronto, todas as suas seções estarão restauradas – simples assim! 😉
Leia mais sobre o uso do Putty e do protocolo SSH neste excelente artigo do amigo Carlos E. Morimoto.