Escrevendo CERTO por linhas TORTAS – CUBE

Por Jackson Laskoski
falecom@jack.eti.br

Da primeira vez que li a respeito do CUBE, no portal Guia do Hardware, num artigo escrito pelo próprio Carlos E. Morimoto, fiquei bastante entusiasmado. Aliás, diga-se de passagem, não era pra menos. O texto, datado de maio de 2003, falava sobre um novo jogo em primeira pessoa que estava sendo desenvolvido, por um grupo independente de pessoas, totalmente do zero, ou seja, sem utilizar nenhum plano de mapas, traçados ou engine do Quake e Cia. como ainda é de costume para os desenvolvedores de jogos de primeira viagem.

Na época a equipe que desenvolvia o CUBE se resumida a um grupo de amigos e o jogo, já bastante funcional e com excelente interface tinha apenas 8 MB de tamanho, versões para Linux e Windows e uma jogabilidade que variava de single (possibilitava que você jogasse sozinho, no seu PC), rede (abrindo a possibilidade de se jogar com os amigos via rede local ou internet) ou ainda misto (você tinha que enfrentar os seus amigos pendurados no mesmo servidor e ainda se preocupar com os monstros e obstáculos do próprio jogo). Hoje em dia o CUBE ganhou vários adeptos ao redor do mundo, existem alguns bons servidores dedicados para os que querem se arriscar no modo multi player, o instalador aumentou para os notáveis 27,8 MB e a equipe de desenvolvimento já não é tão pequena assim.

Cenário Cube

O que não se alterou com o passar do tempo foi a filosofia de desenvolvimento do jogo, que apoia a construção dos mapas, monstros, armas e inimigos numa estrutura muito simples, usando pequenos cubos (daí o nome) ao invés de linhas. Isso torna o game muito mais leve e muito mais simples no que se diz respeito ao seu desenvolvimento. Ao contrário do que a maioria das pessoas podem pensar, isso não prejudica de forma alguma a qualidade gráfica do CUBE (escrevendo certo por linhas tortas), muito pelo contrário. Para os que duvidam da afirmação, basta acessar o site do game na internet (http://wouter.fov120.com/cube ) e conferir os screenshots, fazer o download do jogo gratuitamente (com versões para Windows, Linux e MAC) ou ainda, se preferir, baixar o código fonte inteiro do game para alterá-lo de acordo com as suas preferências. Sim, por que além de tudo o CUBE é um Software Open Source (código fonte aberto). Você pode inclusive criar um game seu, um jogo novo, utilizando o CUBE como base, desde que tenha conhecimentos em programação (baixo e alto nível).

Nos testes que executamos, enquanto escrevemos este texto, utilizando a versão 29-08-2005 for Windows do game, que pode ser encontrado em http://sourceforge.net/projects/cube/, o jogo se apresentou bastante estável, a qualidade gráfica dos mapas, cenários e a quantidade das armas e níveis impressiona para um game que ocupa menos de 36 MB do HD. Além de tudo o CUBE se apresentou bastante modesto no que se refere a hardware, rodou razoavelmente bem num Athlon XP 1.7 com 256 MB de memória RAM, sistema operacional Windows XP Professional e placa de vídeo 3D Riva TnT2 32 MB (exige placa 3D). Mas certamente, se o objetivo é aumentar a jogabilidade do game, de modo a utilizá-lo com rapidez e dinamismo, o melhor mesmo é pensar em rodá-lo num PC com 512 MB de RAM e com aceleração de vídeo via hardware de 64 MB ou superior.

Bem, agora é só esperar aqueles poucos momentos de folga, baixar o CUBE e ver por si próprio, não?

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