Os menos jovens vão lembrar do tempo (nem faz tanto tempo assim) que a web se resumia a um conjunto de páginas estáticas, com baixíssima taxa de atualizações e com nenhuma interatividade de fato. O máximo que se tinha, eram alguns gifs animados “pesados” para as conexões WAN da época e que mais deixavam os sites feios do que atraentes. A ideia era apenas ter um ‘ponto de presença’ na rede para que as pessoas pudessem encontrar você ou sua empresa.
Em meados de 2004 surgem as primeiras menções ao termo Web 2.0 – que seria um grande passo na evolução em relação aos primórdios da internet – com o surgimento de blogs, wikis, vídeos na web, aplicativos mais populares de voz e, mais tarde, o advento das redes sociais (e tudo que viria com elas). Este foi, e ainda é, o marco mais importante dentro da história moderna da sociedade digital.
Agora, ao que tudo indica e no que depender do projeto LBRY, estamos muito próximos de um terceiro ciclo na Web. Intitulando-se de plataforma para o mercado digital da “Arte na Era da Internet”, o LBRY promete mudar completamente a forma como se divulga e vende conteúdos na Web. A ideia básica é disponibilizar uma rede de usuários, autogerida e autocontrolada pelos seus próprios membros, usando o mesmo conceito embarcado no protocolo Torrent e eliminando quaisquer figuras de terceiros entre ‘produtor’ e ‘consumidor’ de conteúdos. Em outras palavras, um mundo sem Ads, impulsos patrocinados, remarketing ou ‘web semântica por ingestão de código’ (impensável pra quem trabalha com ‘marketing digital’ atualmente). 🙂
https://youtu.be/DjouYBEkQPY
Do ponto de vista técnico, o LBRY implementa o recurso com duas camadas bem específicas: Um protocolo e um serviço. A camada de protocolo se subdivide ainda em duas partes: Uma que torna possível a rede de usuários em si (LBRYNet) e outra que permite transações financeiras por intermédio de sua própria moeda virtual (LBC) bem ao estilo Bitcoin. O ‘produtor’ de conteúdo (vídeo, e-book, artigos, revista on-line, etc…) pode estipular um valor para cada trecho ou pelo conjunto de sua obra que será paga pelos respectivos ‘consumidores’ através da ‘moeda da rede’.
Já a camada de serviços é o que dá ao LBRY o aspecto de ser ‘útil’ proporiamente dito. É nesta camada que são implementadas aplicações e dispositivos que permitem a interação do usuário com a LBRYNet, a descoberta e distribuição dos conteúdos e a liquidação das transações monetárias. Tudo isso, sem a dependência de qualquer empresa ou órgão específico – numa autêntica relação P2P.
Se você ficou ainda mais curioso para conhecer o que pode ser o princípio de fato da Web 3.0, não deixe de cadastrar o seu e-mail no LBRY para ficar atualizado com as novidades assim que elas forem lançadas. Vale a pena ficar atento! 😉