Já faz tempo em que decorar números de telefone era uma tarefa simples. Na época dos 5 dígitos até os mais desatentos conseguiam lembrar os números mais importantes do seu dia-a-dia. Com o crescimento da rede de telefonia pública, a exemplo do que ocorreu com as redes IP, o “endereçamento” da telefonia fixa e móvel sofreu vários acréscimos de dígitos nos últimos 12 anos.
A última novidade, anunciada recentemente pela ANATEL e operadoras, é que a partir do ano que vem, quem mora na área de código 11 vai ganhar um número a mais – passará a ter nove dígitos, em vez de oito. As operadoras já estão preparando a rede em todo o país para fazer e receber chamadas dos aparelhos móveis de São Paulo. Esta mudança vai ocorrer de forma gradual e contínua, até atingir todos os estados da federação.
De acordo com a Globo.com,
“As chamadas serão marcadas tanto a oito como a nove dígitos e serão encaminhadas corretamente ao usuário de destino. Em um segundo momento, a gente passa a interceptar essas chamadas e informar que elas têm de ser marcadas a nove dígitos. Em um terceiro momento, a gente começa a interceptar essas chamadas e não completar. Por fim, as chamadas não são completadas. Simplesmente informa-se que aquele número não existe”, explica Adeílson Evangelista Nascimento, gerente de interconexão da Anatel.
Diferentemente das redes de computadores IP, onde temos servidores DNSs colaborativos na Internet – para transformar URLs em endereços numéricos (e vice-versa), na telefonia pública cada usuário precisa manter o seu próprio esquema de tradução. Aqui vale a agenda de contatos do celular ou o velho caderninho de papel que fica ao lado da mesinha de telefone.
Quem sabe, num futuro distante (com o advento dos serviços convergentes de mídia – e adoção lenta destes recursos por parte das operadoras), a telefonia digital aposente as velhas listas de telefone?! – Por enquanto, “dâ-le memoriol” e espaço nos SSDs! 🙂