O fim do “curtir”?!?

Este não é um post diretamente ligado a tecnologia da informação, mas como sempre gostei da área de marketing e propaganda, decidi publicar aqui no blog. Até mesmo porque, a exemplo de quase todas as demais áreas do conhecimento humano, hoje o chamado ‘marketing on-line’ já toma pra si boa parte dos investimentos das companhias em geral.

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O texto me foi enviado pelo amigo Alexandre Alberto Weimer e foi publicado originalmente no Contentools.com.br. Ele aborda de uma maneira bastante sucinta e objetiva muitos aspectos que, não raras vezes, são desconsiderados por quem investe em marketing digital – especialmente por falta de conhecimento de como os sistemas de monetização funcionam. Por ser um artigo curto e muito instrutivo, certamente vale leitura. 😉

Nos últimos tempos, o alcance orgânico das publicações de fan pages do Facebook vem diminuindo drasticamente, tornando os famosos “likes” cada vez mais supérfluos. Além do volume impressionante de usuários, o grande diferencial do Facebook é o fato de que ao curtir conteúdos de empresas ou do seu ciclo de amigos, outros amigos podem visualizar tais curtidas. Quando isso acontece, é como gerar um “boca-a-boca” que mostra aos amigos que seguem quem curtiu uma novidade para acessarem, produzindo tráfego para quem postou a mensagem.

Por se tratar de uma estratégia fácil, barata e com grande potencial de alcance, algumas empresas deixaram seu site e blog corporativo de lado e passaram a utilizar com exclusividade sua página no Facebook como principal canal para divulgar a marca e até mesmo realizar suas vendas. Os likes se tornaram  uma nova moeda em circulação. Uma pesquisa divulgada em abril de 2013 pela empresa norte-americana Syncapse, especializada em serviços de tecnologia e inteligência em redes sociais, aponta que um fã no Facebook vale, em média, US$ 174.

Por causa desta mudança, o número de pessoas impactadas pelos conteúdos das marcas nessa rede social diminuiu drasticamente. Ou seja, aqueles que investiram nesta rede social a partir da compra de likes não terão o mesmo alcance, a não ser que invistam em anúncios pagos. Essa é a estratégia do Facebook de evitar conteúdo puramente comercial na feed orgânica, onde seus usuários gostariam de encontrar conteúdo interessante e atualizações de amigos.

O papel do Facebook na sua estratégia de conteúdo

Marketing de conteúdo para sua empresa é sinônimo de usar apenas o Facebook? Aproveite esse momento para repensar sua estratégia. Está certo que interagir com usuários, responder dúvidas e chamados via Facebook, Twitter ou qualquer rede social é fundamental. Assim como usar esses canais para promover conteúdo da empresa também pode gerar bons resultados em conversão de visitas. Mas existe um risco em focar 100% dos esforços em canais que não pertencem à empresa. Lembra do Orkut? Muitas marcas usavam aquela redecom exclusividade para divulgar sua marca e produtos. Quando encerrou suas atividades, o Orkut encerrou também as estratégias de marketing de muitas empresas que não investiam em canais proprietários (como o blog corporativo).

Centralizando os esforços do Marketing de Conteúdo na URL principal, em um blog corporativo, portal de conteúdo da marca ou algum microsite criado para determinado produto, a empresa torna-se dona do próprio destino e não fica à mercê destas mudança. O analista de marketing passa a ter autonomia para gerir o conteúdo, que é um ativo da empresa. À medida que os conteúdos são indexados pelo Google, os leitores (potenciais clientes) passarão a encontrá-lo nos resultados das buscas. Lembre-se: redes sociais funcionam como excelente canal de distribuição e não devem ser tratadas como ponto final da estratégia.

De acordo com essa estratégia, o conteúdo deve ser publicado na íntegra no seu site e divulgado com um link e um breve resumo na linha do tempo da sua fan page, no perfil do Twitter, no Google Plus, no Linkedin e em grupos em que o seu público se encontre. Manter o conteúdo no blog ou website é a melhor maneira de sua empresa:

  • Ser encontrada através dos buscadores;
  • Tornar-se uma fonte de conhecimento sobre seu mercado;
  • Obter insights sobre quais os temas de maior interesse do público (através do desempenho das páginas internas e das palavras-chave mais pesquisadas).