Se existe uma certeza para qualquer administrador de redes/sistemas, é que os usuários de computadores, iniciantes ou avançados (excluindo-se aqui os engenheiros de SO e afins, obviamente), não estão interessados no sistema operacional em si. Usuários usam aplicações, querem jogar, navegar na internet, ouvir suas músicas, conversar com os amigos através de mensageiros instantâneos ou usar suites office. Neste contexto, de uma forma bastante “grosseira”, poderíamos dizer que o sistema operacional é um mal necessário para o usuário final, já que sem ele, computadores, notebooks, netbooks e até mesmo celulares modernos, seriam apenas “caixas piscantes”.
Esta constatação nos leva, inerentemente, a uma outra conclusão inevitável: Danos causados em arquivos e aplicativos são muito mais traumáticos e perceptíveis ao usuário final do que sinistros que afetam somente o sistema operacional. Prova disso, é que usuários, principalmente do sistema da redmond, estão tão acostumados a reinstalarem o sistema operacional no PC, que nem entendem mais isso como sendo anormal… virou cotidiano. Esta conclusão parece estar afetando inclusive o comportamento dos criadores de ameaças e pragas digitais.
Segundo a IT Web, “…a melhoria na qualidade dos softwares, que resulta em maior proteção aos dados que trafegam pelos sistemas, forçou criadores de ameaças a se especializarem. Os ataques já não são aleatórios e é cada vez mais comum existir organizações que trabalham na formatação de malwares exclusivamente para roubar dados de companhias. Esta é uma das conclusões da sexta edição do Relatório de Inteligência e Segurança da Microsoft, divulgado em primeira mão para o IT Web. O documento revela também que o Brasil possui a terceira maior taxa de infecção, com 20,9 PCs para cada mil máquinas, perdendo apenas para a região de Sérvia e Montenegro e a Rússia.
O gerente de segurança da Microsoft Brasil, Djalma Andrade, destaca ainda a migração dos ataques dos sistemas operacionais para aplicativos. “Sempre se associou vulnerabilidades com sistemas operacionais. Os sistemas têm progredido nas proteções e, com isto, as vulnerabilidades têm migrado para a camada de aplicação, que é uma tendência normal de internet, explicou.”