Virtualização: Mais que ferramental, técnica!

Posso dizer seguramente que mais de 80% dos novos projetos de consolidação de servidores (Linux, Windows e outros sabores de sistemas operacionais), desenvolvidos pela ConexTI para seus clientes, passam pelo processo de virtualização. Trata-se de uma metodologia bastante salutar quando se objetiva a abstração da camada física, da lógica e de gerenciamento dos seus servidores e vai ao encontro da nova “menina dos olhos” do mercado corporativo, a computação nas nuvens.

Opções de ferramentas no mercado, tanto pagas, quanto gratuitas e livres, não faltam hoje em dia. É justamente neste ponto que deve-se tomar muito cuidado e se prestar atenção na relação entre especificidades de cada projeto e demandas técnicas e de suporte. Em miúdos, o que estou tentando dizer é que dificilmente você irá utilizar o Virtual PC da Microsoft para virtualizar um Debian Linux dentro do Windows 2008 Server num ambiente crítico e de produção. Digamos que não é exatamente profissional (principalmente em virtude dos problemas com drivers for Linux do VPC). 😉

Há algum tempo atrás, publiquei aqui mesmo no JACK.eti.br um artigo explicando como virtualizar o Linux dentro do Windows com o VPC. Na época a temática era bastante nova, pouca gente conhecia ou tinha familiaridade com a técnica e a documentação era bastante escassa. Eu sei, contrariei minha própria teoria ao demonstrar como virtualizar o Dam Small Linux (uma distro baseada no Debian) com o VPC, mas o grande objetivo na época era utilizar uma ferramenta no mínimo gratuita e que fosse bem simples de se configurar para facilitar o entendimento de quem começava a se interessar pelo assunto.

Aproveitando o ensejo, como não são raros os e-mails que me são enviados questionando a respeito, atualmente utilizamos em muitos projetos o VMWare e o próprio Xen enquanto ferramental, em projetos profissionais de virtualização. Ambas as ferramentas, a exemplo do próprio Virtual Box da SUN (atual Oracle) tem seus prós e contras do ponto de vista técnico/operacional, mas gostaria de ressaltar novamente que o mais importante de todo o processo são os requisitos em termos de suporte e particularidades de cada ambiente computacional. Resumindo, antes de sair instalando o VMWare, o Xen, VPC, VirtualBox ou outros, procure levantar a fundo cada uma das necessidades atuais e futuras tanto em termos de hardware quanto softwares e processos.

De todo modo, até mesmo para encerrar este post com uma espécie de mão na massa, gostaria de indicar o passo a passo que a equipe do G1 Tecnologia montou explicando como fazer a instalação do Ubuntu Linux dentro do Windows com o Virtual Box (uma excelente ferramenta para virtualizações domésticas e de pequeno porte). O artigo vale a leitura se você tem curisiodade por utilizar dois sistemas operacionais simultâneamente ou quer experimentar uma distribuição Linux de modo seguro, sem “arrebentar” seu esquema de particionamento atual. Boa leitura! 😉