Historicamente a Microsoft sempre usou a “tática do traficante”, que é exatamente dar “de graça” droga na saída da escola. Sem entrar muito no mérito da questão, se analisarmos friamente o mercado de tecnologia, vamos ver que o sistema operacional perde cada vez mais valor agregado. Estamos na Era da Computacionalidade e usuários, de todos os níveis, estão cada vez menos preocupados com o “motor do carro” ao mesmo passo que a estética e usualidade ficam em evidência.
A Microsoft não é boba. Nunca foi. Não é a toa que se tornou a gigante que todos nós conhecemos. A notícia que cito abaixo, sobre uma eventual intenção do pessoal em Redmond, em liberar o Windows 9 gratuitamente para fabricantes (veja, não é para usuários finais – mas para equipamentos normalmente em regime OEM), vem reforçar a ideia de reposicionamento de mercado que a companhia vem sendo obrigada a fazer. Em se confirmando a notícia, é provável que muitas teorias da conspiração surgirão. Mas na prática, acredito ser mais um ‘sinal dos tempos atuais’ do que qualquer outra coisa.
De acordo com o site baguete,
Segundo o site ZDNet, as informações sobre o novo Windows ainda estão começando a aparecer. No entanto, conforme apontam analistas, a desenvolvedora se encontra em um dilema: se agarrar ao seu modelo proprietário tradicional, que vem sofrendo baques nos últimos anos, ou ceder às pressões de mercado e dar o sistema de graça para os fabricantes de hardware.
Para Larry Dignan, do ZDNet, este caminho é o que a empresa de Steve Ballmer está disposta a seguir para preservar o ecosistema Windows e o seu market share.
“O pessoal em Redmond pode rir da ideia de dar o Windows de graça, mas o sinal é claro. A Apple não cobra mais pelo Mac OS. Os Chromebooks ficaram mais populares. Fabricantes de PC estão adotando o Android para terem maiores lucros e mais customização”, afirmou.
Além disso, a crescente comoditização de aparelhos como dispositivos móveis está fazendo do preço o ponto principal dos produtos eletrônicos. Com um sistema proprietário, a balança pode pesar contra a Microsoft, dizem especialistas.
Desde meados do ano passado, a ordem na Microsoft é de renovação. O atual CEO Steve Ballmer – que anunciou sua aposentadoria para 2014 – propôs medidas para uma unificação de processos e plataformas na companhia.
“A Microsoft terá que preservar suas duas galinhas dos ovos de ouro – Windows e Office – estabilizar as baixas margens da Nokia e se manter de pé em um mercado que pode lhe derrubar”, afirmou Dignan.